Ó bendito o que semeia livros, livros à mão


cheia... e faz o povo pensar!
O livro caindo n'alma é germe que faz a palma, é


chuva que faz o mar!


Castro Alves


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Motivação

A palavra de ordem do momento em minha vida profissional é cansaço. Me incomoda  de certa forma assumir isso por não querer parecer uma pessoa que possui o hábito de reclamar. Preciso tomar cuidado com isso. Mas, enfim... Ontem as equipes gestoras participaram de uma reunião na Secretaria da Educação com a professora Emilia Cipriano e professor Cláudio Sanches. Confesso que, inicialmente apontava muita desconfiança do tipo: não será mais uma a tentar engabelar os educadores (tão cansados de sofrer) de nossa rede? Pois não é que ela surpreendeu? A provocação lançada por ela foi: Você está disposto a correr riscos pela educação? Ao final foi nos solicitado que, em grupo, apresentássemos os melhores acontecimentos ocorridos na educação de Caraguá por meio de música, mímica, dramatização ou outro. As equipes listaram praticamente as mesmas coisas: o Projeto Brincar e Aprender (verba recebida pelos Centros de Educação Infantil e E.M.E.I.'s para melhorarem seus "cantinhos" e áreas já que não era prática receberem verba do FNDE e apenas 200 reais para pequenos reparos, portanto, o pouco que arrecadávamos destinava-se ao pedagógico porém não era o suficiente), transporte escolar adequado, a estruturação do CRIE (prédio adequado ao atendimento por especialistas, de crianças portadoras de necessidades educativas especiais, melhoria do cardápio na alimentação escolar (tenho comigo algumas ressalvas), aumento do índice de aproveitamento escolar, a progressão funcional (esta foi unânime), além de outros. A apresentação mais engraçada foi o Roda Viva: simularam a secretária da educação sendo entrevistada. A própria secretária reconheceu o humor e salientou que tinha rascunhado uma lista de ações e que poderia descartá-la, pois as equipes as identificaram, o que foi gratificante para ela. Ou seja, como foi solicitado a descrição das conquistas deste ano, não houve (ou houveram - na dúvida preferi garantir as duas conjugações) pontos negativos. Saímos da reunião até esperançosos, talvez. O fato é que a palestra da noite foi show, mas a abordarei na postagem de amanhã.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

KIT DE SOBREVIVÊNCIA PARA O DIA A DIA

VARA DE PESCAR: Para lembrar-nos de pescar as boas qualidades das pessoas.

BAND-AID: Para lembrar-nos de curar sentimentos magoados, nossos ou dos outros.

ELÁSTICO: Para lembrar-nos de sermos flexíveis. As coisas nem sempre acontecem do jeito que queremos, mas no final dão certo.

LÁPIS: Para lembrar-nos de escrevermos as nossas bênçãos e favores recebidos todos os dias.

APAGADOR: Para lembrar-nos de que todos nós erramos e tudo bem.

CHICLETES: Para lembrar-nos que se nos esticarmos, podemos realizar qualquer coisa.

COFRE: Para lembrar-nos de que Nós valemos uma fortuna para nossas famílias e amigos.

BATOM: Para lembrar-nos de que todos precisam de um beijo e um abraço diariamente.

SAQUINHO DE CHÁ: Para lembrar-nos de relaxar diariamente e repassarmos a nossa lista de bênçãos e favores.

PARA O MUNDO TALVEZ SEJAMOS APENAS ALGUÉM...

MAS PARA ALGUÉM PODEMOS SER O MUNDO!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dia do Professor

Sei que o dia do professor já passou, mas quero registrar a singela comemoração feita em homenagem à estes profissionais essenciais para o país. Tradicionalmente a referida comemoração em nossa escola trata-se de um jantar com música ao vivo. Considerando que todos os funcionários estão envolvidos com educação e, na falta do professor, quem assume de imediato a responsabilidade sobre as crianças é algum deles, homenageamos a todos (já fui mais criteriosa em relação à isso mas ponderei a situação). Então, após o jantar, o povo cai na dança e diverte-se a vontade. O fato é que a popularização deste tipo de homenagem, a meu ver, é muito superficial e não atende às espectativas de todos, dadas as devidas particularidades culturais. Não assumo aqui qualquer preconceito quanto à formação, entretanto, é notável que quanto mais nos capacitamos, mais seletistas ficamos. Neste caso, antes mesmo da festa ficar animada, alguns se retiravam à francesa. Como sempre há festa para os funcionários (Páscoa, Julina, Professor) a fim de motivar a equipe, mudamos o foco nesta. Resolvemos oportunizar uma "festa cultural", uma sessão cinema. Não é que deu certo? Obviamente, também não atendeu à todos, mesmo porque, sofremos resistência por integrante da equipe gestora que não se empenhou tanto quanto das outras vezes. Mesmo assim, foi um sucesso! Assistimos o filme O clube do Imperador, em que o professor de um tradicional colégio interno tenta moldar a personalidade dos alunos até receber um que não se encaixa neste molde. Percebendo que apesar de alguns poucos avanços, não consegue mudar o caráter do aluno, o professor entra em conflito interno. Muitas vezes, nós, professores buscamos compreender o motivo de determinado aluno não atender às expectativas educacionais, fazendo uma análise sobre o próprio trabalho/atuação, o que causa frustração. A maneira mais cômoda é acusar a família pela problema. Considero que a família desenvolve um papel fundamental no aperfeiçoamento do caráter, assim como a escola, os amigos e o trabalho. O filme mostra bem isso: só a escola, não tem força para mudar sozinha o caráter do ser humano. Concluo que por melhor que seja a escola ou o professor, o caráter e a personalidade são moldados pelo “berço” dado pelas famílias e no decorrer da vida. Os meios podem interferir, ficando a critério próprio a escolha sobre o caminho a seguir, porém, ficam na lembrança os exemplos, bons ou ruins, que recebemos de nossos pais.
Ou seja, a homemagem foi uma reflexão sobre a atuação profissional e a apropriação sobre o valor desta profissão. Os educadores apontaram total satisfação em participar, ficando até o final, saboreando guloseimas e recebendo um mimo como lembrança. A ansiedade e insegurança sobre aceitação por este tipo de comemoração foram superadas, graças a Deus! O que não vale é ficar preso à mesmices, com medo de ousar, deixando de oferecer outras vivências à equipe. Conforme as situações, lançaremos mão de homenagens que divirtam, motivem e favoreçam a reflexão.

UM GRANDE PROFESSOR TEM POUCO A REGISTRAR. SUA VIDA SE PROLONGA EM OUTRAS. ESSES HOMENS SÃO OS PILARES DE NOSSAS ESCOLAS, MAIS ESSENCIAIS QUE SEUS TIJOLOS E VIGAS E CONTINUARÃO A SER A CENTELHA E A REVELAÇÃO EM NOSSAS VIDAS.
O clube do Imperador 

sábado, 30 de outubro de 2010

Política pública

A ignorância faz de nós seres medíocres. A cultura de que a criança que frequenta creche é a criança carente já está mais que ultrapassada. Realmente a creche atende crianças cujas famílias apresentam um poder aquisitivo aquém às suas necessidades e esta instituição, por vezes, supre o que falta em casa. Mas não é só. Abrange também o atendimento à crianças que vivem em famílias que apontam noção sobre a necessidade em proporcionar um ambiente especializado na educação formal de crianças que vão além do cuidar, oportunizar momentos para educar os pequenos. Portanto, unem o "útil o agradável": levam seus filhos à escola enquanto trabalham, por confiar que estes serão atendidos adequadamente. Trata-se portanto, não de um depósito de crianças, e sim de uma unidade escolar em que trabalham pessoas especializadas/capacitadas para atender à criança com qualidade em sua totalidade, sem, contudo, tomar o espaço que a família ocupa e necessita ocupar na vida destes. Considero ultrapassada a cultura social de que a creche deve atender exclusivamente mães que trabalham. Não. Não que deva prestar serviço assistencial e paternalista. Mas que a criança de hoje não apresenta comportamentos adequados à épocas remotas. A criança hoje é ativa e questionadora, não satisfaz-se com qualquer resposta e estímulo. Então, por que não oportunizar a vivência social em um lugar preparado para recebê-la com recursos físicos, materiais e sócio-culturais? Não nego que já fiz parte do grupo contra a criança na creche. Hoje reconheço minha ignorância. Há obviamente muito a ser conquistado para que o atendimento seja perfeito. É neste sentido que caminham as políticas públicas atuais. É praticamente consenso entre educadores e especialistas que os primeiros anos de vida são os mais importantes para o aprendizado humano. Para o professor Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, o ensino em creches e pré-escolas deveria ser a prioridade das políticas públicas do país. "As chances de uma criança que teve uma boa educação na primeira infância ser bem sucedida na vida adulta são bem maiores" (http://educarparacrescer.abril.com.br/).

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ética

Que lugar tem ocupado a formação do sujeito ético na educação? Como não cair em posturas moralizantes e segregadoras diante da diversidade de comportamento dos educandos? Estas são algumas das questões que buscou-se responder ou, ao menos, a aproximação das respostas por Miguel Arroyo e Yves de La Taille no Congresso sobre educação em São José dos Campos.

Atualmente vivemos uma crise de valores na escola e, como educadores, devemos pensar na dimensão ética considerando os alunos como gente! Seres que devem ter a oportunidade na escola, de momentos que são privados na sociedade, no seio de suas famílias. Como uma criança aponta um comportamento de receptividade ao conteúdo/conhecimento de forma ativa, se seu lar está em crise? Neste sentido, muitos lembrariam do paternalismo, assistencialismo e justificariam que a escola não tem a obrigação de abraçar a causa. Por outro lado, não fazendo-o, estaria renegando o papel de considerar o aluno como um ser dotado de emoção/sentimentos, apenas de razão. Nós adultos, sabemos pela vivência, proteger a nós mesmos. E as crianças? Até as grandes empresas hoje, "abraçam" seus funcionários com ginásticas laborais, massagens, creches para seus filhos além de outros benefícios, pois tem noção de que, quanto mais satisfeito e feliz, mais resultado produzirá. Esta não é uma visão cultural na educação. A maioria dos educadores acentua o problema elevando a negatividade moral e ética das famílias. Mas, o que fazem para minimizar o problema? Dependendo do olhar que lançarmos sobre, buscaremos meios para diminuir o problema. "A sala de aula é a expressão da falta de valores sociais, entretanto não devemos renegá-la." Portanto, devemos despir-nos da condição docente tão fria para tornarmos mais humanos. (Arroyo). Quem sabe, princípios e valores como respeito, amor, carinho, solidariedade reflitam na criança, impulsionando um insite de apropriação, apontando que a falta de princípios não é genética.

Segundo Yves, devemos enxergar a ética não como um conjunto de deveres, mas como a busca de uma vida boa que contempla o bem estar do outro com justiça, respeito, dignidade... Neste sentido, por que o aluno não consegue seguir as regras? Porque falta-lhe um projeto de vida – um sentido moral para a vida escolar. A escola deve apontar o conhecimento que é a criação do sentido, agindo de forma contemporânea, aspecto de resistência à comunidade escolar. Não adianta satisfazer-nos apenas com alunos que já gozam de alegrias em família. O desafio reside justamente em mediar e oferecer sentido moral aos pequenos que estão neutralizados pela anestesia do meio em que vivem. Meio pelo qual vivem superficialmente, uma vida que requer resultados momentâneos, passageiros, ou seja, relacionam-se com o mundo de maneira turista (Bauman), sem lançar mão dos valores éticos e morais.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Um professor afeta toda a eternidade; é impossível dizer até onde vai sua influência. Henry Adams
PARABÉNS COLEGAS!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Espinhos da Coordenação II

Quando ainda estava em sala de aula afirmava com convicção que eu nunca assumiria um cargo designado, dada uma característica que percebi sobrepujar em alguns profissionais na coordenação, vice e direção: a sujeição à ordens, mesmo que fossem contrárias aos princípios éticos ou pessoais. Esta característica apontava uma negatividade fazendo com que eu criasse um ranso em relação a cargos, mesmo tendo outros exemplos positivos, ou seja, generalizei a situação. Hoje, percebo que por vezes somos obrigados a fazer vistas grossas para não viver em desarmonia e, por ter alguma esperança de que as coisas melhorem, mesmo que, pensando racionalmente, saibamos que a situação não vai mudar. Por ética, não posso expor situações particulares neste espaço como gostaria. Neste sentido, estabeleço uma linha tênue entre censura e ética. Obviamente que, se fosse uma situação de corrupção, ilegalidade ou outro, tampouco citaria o assunto. Acredito que palavras como: CORPORATIVISMO, CONVENIÊNCIA e FALTA DE COMPROMETIMENTO definem bem o motivo de minha indignação. Haveria um atenuante se houvesse alguém para compartilhar anseios, mas quem vai querer ouvir reclamações profisionais sem tomar partido? Ou ainda, quando a equipe gestora até concorda, porém não une forças por saber que a "corda sempre arrebenta do lado mais fraco" a falta de motivação sobressai. Neste caso, a pergunta que não quer calar: Enquanto líderes precisamos motivar a equipe. Por quê a equipe docente apenas cobra mas não se lembra de  motivar o chefe?

domingo, 3 de outubro de 2010

Final de bimestre

Durante a semana, além de fazer compras de brinquedos e tecidos na 25 (nunca passei tão mal...), chamei os professores individualmente para devolutiva do conselho (avaliação processual para a E.I.) do bimestre anterior. Os professores tabulam a verificação  da escrita desenho e matemática, formalizam um breve relato sobre o desenvolvimento geral da turma, o encaminhamento dado ao trabalho e as possíveis soluções e encaminhamentos. Iniciei as visitas formais em sala, fizemos reunião sobre a formatura, semana crianças e rotina da equipe gestora, além de outros. Como afirmo em outro momento, acredito que uma das funções da coordenação é justamente inferir junto ao professor. 
Infelizmente não completarei a postagem, meu teclado está pavoroso. Minha paciência esgotou-se.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

HTPC I

Hoje nossa reunião foi super proveitosa, a meu ver. Não tem hora que parece que nada mais satisfaz ou chama a atenção dos professores? Porém, tenho a consciência que não tenho que fazer show pirotécnico para agradar. Necessitamos de leitura num formação certo? Mas aquele que dobra não aguenta mais leitura média/longa ao final do dia. Mas como dinamizar o HTPC envolvendo todos sem que haja leitura? Hoje, ousei dar uma tarefa: leitura de um texto com um breve relato escrito para a próxima reunião. Abusada eu, não? Tão logo possa, registrarei detalhes de minha satisfação por hoje.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Vítima da ignorância

Após o almoço de domingo, ao me dirigir até o carro, encontrei uma ex-professora de Português que protagonizou uma cena marcante em minha vida de aluna. Ela ainda tentava manter a postura tradicional e de superioridade que a profissão exigia (atualmente a postura é quase de inferioridade dada a postura de alguns colegas e determinados sistemas educacionais). Bimestralmente éramos submetidos à "prova do livro". No dia marcado para a avaliação, provavelmente ela não estava bem emocionalmente, talvez com problemas - quem sabe - pois tão logo ela tenha entregado a prova, uma a um, os alunos devolveram-na, apenas com a devida identificação. Restaram apenas dois alunos na sala, eu e outro colega. Absorta com a situação, iniciou um discurso revoltado  e repleto de desprezo por alunos daquele nipe. Por minha vez, tentava raciocinar e relembrar os fatos constantes do livro que eu havia lido sendo impedida por tamanha austeridade. Deste modo, me posicionei lembrando à professora que, embora os colegas não tivessem cumprido sua obrigação, meu caso era justamente o oposto. Sentindo-se desrespeitada, armou uma cena digna de Glória Perez, chamou seu marido que era professor de Matemática afirmando que havia sido insultada por mim e estava sentindo-se mal. Para finalizar, minha mãe foi chamada na escola sendo que o marido/professor foi grosseiro com ela, como se esta não tivesse me ensinado regras de convivência e respeito. E a diretora da escola? Sabe-se lá onde andava. A mestra precisava de tanta pompa como professora? Sua ação apenas configurou o que muitos definem como abuso de autoridade e excesso e poder, além de total falta de auto-análise. 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Diferença entre PROJETO e projetinho I

Ultimamente minha rotina girou em torno das ações relativas aos projetos desenvolvidos na escola, cujas produções seriam expostas na SEDUC. Fiquei muito satisfeita com o resultado, considerando que a apresentação ficou, a meu ver, linda! Destaco que enfatizei junto às professoras que as atividades deveriam sofrer orientação pelas mesmas porém, deveriam retratar o trabalho dos pequenos e não a intervenção manual destas. Ou seja, eu não queria que apreciassem nossa exposição da mesma forma que apreciei tantas outras: a professora faz e coloca o nome do aluno ou, ajuda-o fazer, deixando a produção perfeita, apontando que o produto foi feito exclusivamente para expor. No caso dos nossos projetos, estes já foram planejados com a finalidade de realmente funcionar e fazer a diferença. Minha fala na semana de planejamento em relação a isto foi que, se a elaboração dos projetos fosse apenas para constar do plano de ensino, não haveria necessidade de executar tal ação. Portanto, os projetos explorados na escola não são "projetinhos" como vejo por aí ou, como uma supervisora citou ao apreciar a exposição sendo que, imediatamente, me reportei a ela, corrigindo-a (não fique brava comigo!). Ficou claro para mim que sua fala não foi pejorativa, entretanto, achei pertinente reiterar minha posição em relação ao que considero PROJETO. Ocorre que há alguns anos atrás, surgiu esta história de projetinho: qualquer ação pedagógica era denominada projetinho, banalizando a real essência do termo projeto que, em dado momento, exemplificarei, segundo meu minúsculo e humilde conhecimento a respeito. Hoje, após o dever cumprido, voltei as funções da coordenação, que amo: analisar as pastas de verificação confrontando minha visão com a das professoras, registrando a devida devolutiva, planejar as visitas em sala, verificar os conteúdos pedagógicos na caderneta, enfim...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata - Mary Ann Shaffer e Anne Barrows

... Então foram todos para casa e leram. Começamos a nos reunir – primeiro por causa do comandante e depois por prazer. Nenhum de nós tinha nenhuma experiência com sociedades literárias, por isso fizemos nossas próprias regras: cada pessoa tinha a sua vez para falar dos livros que lia. A princípio, tentamos ser calmos e objetivos, mas isso logo passou e a intensão das pessoas que falavam era criar nos ouvintes a vontade de ler aquele livro. Depois que dois membros tinham lido o mesmo livro, eles podiam debater, o que era um grande prazer para nós. Líamos livros, falávamos sobre livros, debatíamos livros e nos tornamos cada vez mais amigos. p. 62

Gostei tanto desta passagem do livro A Sociedade Literária, embora não tenha engrenado na leitura deste. Não é que é uma proposta genial? Alguém topa?

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Bienal do livro

Fiquei satisfeita com a visita à Bienal. Apreciei a variedade de editoras com suas obras maravilhosas, outras nem tanto, de acordo com meu humilde repertório literário. O acesso à livros infantis encheu meus olhos de desejo e assim, adquiri alguns exemplares com vontade em adquirir todos. Garimpando, encontra-se obras interessantes como o livro das mágicas, muito curioso porque ao folheá-lo pela primeira vez encontram-se páginas totalmente em branco. Na segunda e terceira folheada, figuras em branco e preto e após, coloridas! Um divertimento. E o melhor, a cinco reais! Algumas obras eu tive vontade comprar mas contive meus impulsos por agir racionalmente, considerando que tenho cinco livros na fila para leitura. Imagine que vi o Ziraldo, aquele do Maluquinho! Uma pena não ter visto Maurício de Sousa devido ao tamanho do lugar! Enfim, minha satisfação foi maior do que quando retornei da FLIP, cuja livraria era de médio porte (se comparada aos estandes da bienal) porém, a única. Tudo bem, o que vale é a vivência. Mas a pipoquinha doce (de máquina) da bienal é tudo de bom!

domingo, 15 de agosto de 2010

Espinhos da Coordenação

A coordenação desperta em mim a visão sobre a necessidade do registro profissional, tanto como respaldo como formalização do acompanhamento pedagógico/didático. Como registros, lanço mão de visitas em sala de aula, verificação do semanário/caderno do aluno confrontado com o plano de ensino, diário de classe (registro dos conteúdos), pesquisa de satisfação sobre HTPC, levantamento de estratégias utilizadas durante o bimestre (lista com estratégias variadas divididas por eixos de trabalho sendo que o professor deverá assinalar as que foram exploradas ou não), além de outro espaço em que o professor deverá anotar o tratamento dispensado ao conteúdo: se foi trabalhado total ou parcial e, no caso de não ter concluído o planejamento, qual foi o conteúdo. Consolido meus registros de maneira pontual e gradual, a fim de mapear o processo pedagógico. Porém, mesmo com o cuidado em não invadir a fronteira pessoal, isto pode acontecer. Se observo a prática e acredito ser necessária alguma intervenção, naturalmente devo fazê-la formal ou informalmente. Cada professor aponta um perfil diferenciado de trabalho: uns dão mais ênfase ao registro de atividades e a devida intervenção, outros entendem que a expressão corporal é de suma importância na educação infantil e, outros apostam na silabação e raciocínio lógico de forma sequenciada. Analiso os resultados. O importante é que a criança seja valorizada como ser pensante, sendo desafiada a produzir cada vez mais, apropriando-se do conhecimento. Quando o professor crê que a criança deve sair da EI necessariamente no nível silábico-alfabético, por exemplo, deixa de considerar situações individuais como maturidade, incentivo e cultura familiar, estimulando a contraprodução pelo aluno, bem como estigmatizando sua defasagem. Ora, se devo tratar cada professor como ser único, respeitando sua individualidade, por quê com o aluno deveria ser diferente? Prefiro considerar um trabalho silabado (qual o significado da sílaba DA para uma criança? DANONE tem um significado, a sílaba DA sozinha, o que é?) a ver uma professora ridicularizando uma criança. Mas, retomando, devo interferir no trabalho do professor, mesmo sabendo que o mesmo não mudará sua prática ou deixar pra lá evitando desconforto profissional? Isto tem me incomodado muito...

domingo, 8 de agosto de 2010

FLIP

Visitei a FLIP esta semana. Este ano, o homenageado pela feira foi o sociólogo Gilberto Freyre, autor de Casa-Grande & Senzala. Assistimos flashs de algumas palestras, nada que a rede já não tenha oferecido aos docentes. O que me chamou a atenção no evento foram as ações estabelecidas primordialmente em favor da leitura. Livros pendurados nas árvores da praça disponíveis ao público, além de uma biblioteca. A exposição de trabalhos executados pelas escolas também desvalou apreço leitor.  A livraria que disponibilizou obras para compra causou-me inquietude. Obras maravilhosas, outras desconhecidas por mim, pena não poder trazer várias, mesmo porque estou com cinco livros na fila para leitura. Trouxe um livro que meu filho está consumindo: O ladrão de raios - Percy Jackson e os olimpianos - primeiro volume de cinco e outro para minha filha que divertiu-se: Até as princesas soltam pum - Ilan Brenman. Como vou à bienal, escolherei um livro para mim, também sou filha de Deus!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Ler é meu prazer

Minha intensão em publicar esta postagem é apontar minha insatisfação pela falta de tempo para ler com maior intensidade. Necessito dividir meu tempo entre meu trabalho e minha família. Quando inicio uma leitura, sinto-me responsável por continuar a leitura até concluí-la. Ano passado iniciei a leitura do livro A fantástica história de Silvio Santos - não é que emperrei quando o assunto tornou-se muito técnico. Este ano, retomei a leiturado finl para o meio do livro. Foi mais interessante, embora eu não tenha prosseguido a leitura: alguém sabia que Silvio Santos descende da família do rei Davi? Isso mesmo, aquele da Bíblia. Pelo menos é o que afirma o jornalista que escreveu a obra. Fiz esta litura curiosa no HTPC. Foi interessante porque geralmente fazemos a leitura e debate de temas inerentes à educação. Então, vamos aos livros lidos recentemente por mim: As boas mulheres da China (documentário interessantíssimo sobre a vida de tais mulheres e seus sofrimentos perante uma sociedade interiorana presa à tradição chinesa extremamente machista e inescrupulosa), As mulheres de Cabul (relatos sobre as lutas vividas num país em constantes ataques de guerra), Labirintos do incesto - o relato de uma sobrevivente (abordagem: violência domética - física, sexual, psicológica. Moradora de Caraguatatuba expôs sua experiência amarga marcada pela negligência dos pais e de setores que deveriam proteger sua infância. História chocante!), O livreiro de Cabul (tradições e costumes paquistaneses muito estranhos à nossa cultura - agradável de se ler), Mar Profundo (romance água com açúcar). Estes títulos não referem-se diretamente à educação, o que tenho buscado dosar, sm o qual não embaso minha prática e somente com o qual, tornar-me-ei uma pessoa imcompleta.

domingo, 18 de julho de 2010

Trabalho no recesso

Enquanto professora não trabalhamos no recesso, embora possamos ser convocadas neste período. Já exercendo função gratificada, os dias são corridos. Foi o que aconteceu comigo: não é que passei a semana organizando a escola depois de dois dias de festa julina? O Boletim Informativo também foi concluído pois estava atrasado. Ô documento trabalhoso! Não podemos entregá-lo de qualquer maneira pois este dispõe sobre as ações administrativas e pedagógicas. Eu não queria deixar de registrar nada pois nosso trabalho congrega fazeres que se completam, consolidando a qualidade no atendimento em nossa escola. Há de ser lembrado que a qualidade foi fator decisivo para que eu matriculasse minha filha na unidade, tendo em vista que a escola que a mesma estudava é muito parecida com a atual, considerando o espaço exclusivo para  educação infantil. Não me arrependi, afinal sua presença sedimentou meu amor pela educação infantil!
Mas, há os ossos do ofício. Dentre as atribuições do coordenador pedagógico, há uma que ainda preciso aprimorar: a tolerância ao atender de forma demasiada a comunidade. É incrível, mas a escola serve de refúgio para as pessoas. Os assuntos são os mais variados: solicitações de mantimentos, medicamentos, dinheiro, matrícula, mediação de conflito, assuntos procedentes e improcedentes. Geralmente é a diretora que atende esse público, mas nessa semana ela estava de "folga" (acabou trabalhando bastante - coitada!). Eu gosto mesmo é de visitar as salas, conversar com as crianças, elaborar meus registros, articular com os funcionários as ações que colaboram para a qualidade pedagógica, dentre outros. Como não consgui colocar nada em dia, trouxe para casa. Portanto, minha folga não será tão folga assim. Não importa, o que vale é fazer o que se gosta!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Orgulho profissional

Fiquei muito feliz quando li o Expressão Caiçara (jornal de circulação local) desta semana: minha escola sede atingiu o índice do IDEB cuja meta projetada era 4,8, atingindo  6 pontos, segundo o INEP, esperado para 2021. Não é uma maravilha? Na verdade sinto-me também responsável pelo resultado, modéstia à parte, pois em 2008 eu ainda estava em sala de aula. Portanto, refletiu em 2009. Não, na verdade eu estava com a 5ª série então, refletiu no Colônia que também destacou-se (nessa hora todo mundo é dono do filho! rs) O fato é que, independentemente de fazer ou não parte do resultado, traço um panorama positivo educacional delineado por uma linha de ação que deu certo na E.M.E.F. Dr. Carlos, o que muita gente já criticou, inclusive por determinados perfis considerados tradicionais para os padrões de ensino atuais. Hoje, colhemos o fruto. Lembro que no início da atuação chamada construtivista, provavelmente distorcida quando imposta/implantada na rede, tudo era proibido: cópia, letra cursiva, pontilhados, desenhos prontos - os chamados desenhos estereotipados e demais estratégias, todas importantes, desde que tenha um fundamento e que sejam exploradas com o devido equilíbrio. Claro, estas são apenas algumas citações que foram enfatizadas na época, todavia nunca a equipe docente desceu do salto. Obviamente como em todas as áreas de estudo, o pensamento humano foi pesquisado e descobriu-se novos conceitos dante desconsiderados na educação e neste caso, com ou sem relutância por parte da equipe docente, aprimorou-se a prática pedagógica. Neste sentido, ilustro minhas estimadas considerações e respeito à toda equipe escolar. MEUS PARABÉNS!
http://sistemasideb.inep.gov.br/resultado


Querido Mestre,
(considere toda  equipe escolar)

Trago-te um recado de muita gente.

Houve gente que praticou uma boa ação,

Manda dizer-te que foi porque

Teu exemplo convenceu.

Houve alguém que venceu na vida,

E manda dizer-te que foi porque

Tuas lições permaneceram

E houve mais alguém que superou a dor,

E manda dizer-te que foi a lembrança

De tua coragem que ajudou.

Por isso que és importante...

O teu trabalho é o mais nobre,

De ti nasce a razão e o progresso.

A união e a harmonia de um povo!

E agora... Sorria!!

Esqueça o cansaço e a preocupação,

Porque há muita gente pedindo a Deus

Para que você seja muito Feliz!!!

Autor desconhecido

terça-feira, 6 de julho de 2010

Festa Julina

Festa Julina amanhã e depois de amanhã
na escola.
Calculem a correria!
Estão todos convidados!
07/07 - 17h
08/07 - 16h

domingo, 4 de julho de 2010

Avaliação Processual

SÓ DESPERTA PAIXÃO DE APRENDER QUEM TEM PAIXÃO DE ENSINAR.
(Paulo Freire)

A prática faz de nós profissionais cada vez mais criteriosos em relação àquilo que acreditamos ser propício e necessário à qualidade do trabalho. Como para a E.I. não há Conselho de Ciclo e mesmo assim, já era prática da rede, a Secretaria instituiu a Avaliação Processual nos mesmos moldes do Conselho a fim de sistematizar a prática avaliativa como eixo central, estimulando o repensar de uma nova relação que deve ser estabelecida entre os profissionais e seu conteúdo de trabalho. Conseguimos reunir as professoras das Fases I e II, ponto a favor da integridade curricular. Relembrei os critérios inerentes à reunião, (ver Documentação Pedagógica) como sendo de suma importância para o rendimento da reunião. A participação foi intensa e apresentou picos de polêmica sobre a ação docente e situações complicadas de aprendizado. Fiquei satisfeita com o resultado e, embora o tempo tenha sido reduzido devido ao jogo (não gosto nem de lembrar!), a avaliação foi feita. Saliento que a frase com que iniciei esta postagem é procedente: o professor que considera mais as características positivas da criança do que as negativas certamente colhe os frutos com mais rapidez. Vale lembrar que a maturidade da criança não pode ser esquecida, e, além disso, que a criança de Fase II está prestes a ir para o fundamental e, caso estude com um professor insensato, ficará sentado cinco horas apenas refetindo sobre a escrita e fazendo continhas. Portanto, a hora é agora! Deixe a criança ser feliz brincando, desenhando...! Como afirma a Bíblia, para cada dia basta o seu mal.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Dia Intenacional da Música

Decobri por acaso que hoje é o dia da música. Mantenho no mural da sala dos professores e no início do ano coloquei um calendário com datas educacionais comemorativas que baixei da net (quando encontrar postarei aqui). Na sexta-feira dei uma olhada e o fogo acendeu: como posso deixar de comemorar, ainda que de maneira singela este dia? Na escola é desenvolvido um projeto com este tema em que a educadora vai até a sala com o violão e explora a postura vocal, entonação, ritmo e outras características inerentes à música. Particularmente eu acho MARAVILHOSO! Todas as crianças participam, as professoras tecem elogios. E olha que para elas elogiarem é porque realmente tem qualidade. Em anos anteriores a educadora já gravou até um CD com as crianças. É um talento desperdiçado pela SEDUC (sei que se fizer muita propaganda corremos o risco de perder  educadora que alçará novos vôos: ela merece!). Mas, as perguntas que não querem calar: Você tem noção da importância da música em nossas vidas? Seu filho chega da escola cantando músicas escolares? Se não, cobre da escola, a legislação dispõe o trabalho didático com músicas: exerça sua cidadania, acompanhe o processo educacional no qual seu filho está inserido. Mas vamos lá, na tarde de sexta-feira conversei com a coordenadora do C.E.I. que aceitou a integração com a E.M.E.I. . Ao chegar hoje na escola entreguei um pequeno comunicado às professoras que reuniram seus alunos no pátio onde cantamos várias músicas infantis com as crianças. Como disse, foi simples mas a participação dos pequenos me alegrou. Os bebês fazendo gestos, que coisa mais linda! Deus é muito bom comigo!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Leitura

Qual a importância da leitura em sua vida? E em sua escola? É, porque eu posso influenciar alguém a partir do momento em que estou convencida a respeito e minha atuação faz a diferença! Projeto de leitura na escola? Toda escola desenvolve um projeto com este tema. Resta saber se realmente funciona. O fato é que não podemos deixar de efetivar a prática da leitura. Como gosto muito de ler sempre pratiquei esta ação com os alunos. Sim, leitura diária. Desde o bilhete, um comunicado, uma reportagem ou leitura capitular de história. Para esta última lembro do livro Pretinha, eu? de Júlio Emílio Bras. Os alunos (5º ano)envolveram-se tanto da história que queriam mais de um capítulo por dia. Parecia uma novela. Eles torciam para a personagem principal, uma adolescente vítima de preconceito racial. Era a primeira aluna de um colégio conceituado e tradicional e sofreu perseguições. Foi prazeroso o trabalho pois, durante o recreio os alunos comentaram com outros colegas de salas diferentes e, ao final do processo, mais três salas ouviram a história. Com o 1º ano, desenvolvi o projeto Chá de Letras em que efetuava a leitura diária para os alunos. Era sagrado! Eles ficavam extasiados ouvindo! Como estratégia (simples, trabalhosa, mas extremamente eficaz) o empréstimo semanal, criou o hábito de manuseio, conscientizando as crianças sobre a importância do cuidado tendo em vista que outros colegas também se beneficiariam com o objeto em questão. Mensalmente  tomávamos um chá, após as crianças contarem diante dos colegas, fazendo uso do microfone, a história sobre o livro que haviam levado para casa. Eu organizava um conograma para que todos pudessem participar. No começo, poucas crianças demonstravam segurança, mesmo que diante dos colegas tão chegados. Após alguns chás, a inibição havia ido embora. Estabelecemos, eu e outra professora que tocava violão, um intercâmbio. Minha sala preparou o convite, por meio da escrita coletiva, explorando as características deste portador de texto, para a outra turma. E assim foi, um sucesso! Tenho saudade daquela turma e de outras que viveram um ano letivo comigo. Melhorei minha prática, aposto! Agradeço aos pequenos, obras divinas. Tenho também a lembrança de um fato acontecido com meu filho, no antigo pré: a professora, tão habilidosa (S. K.), decorou uma caixinha de leite longa vida a fim de simular uma sacolinha para empréstimo de livro(devido ao tamanho da "sacola", os livros eram bem pequeninos, a coleção Mamíferos). Toda sexta-feira algum aluno contaria a história após tê-la estudado em casa. Quando meu filho levou o livro, foi gratificante. Ele solicitou que eu o ajudasse a ler sabendo que no outro dia seria sua a responsabilidade. A cabritinha Bebé - que fofura! Como feed back, a professora disse-me que ele contou a história exatamente como estava escrito, inclusive com entonação, como eu havia contado. Ou seja, ele decorou a história. Veja o valor! Resultado: ao final do ano, com cinco anos já estava lendo, sendo que hoje lê sem relutância, interpreta e escreve com coesão, coerência e criatividade! Que felicidade para uma mãe! Ele lembra até hoje desse episódio, com prazer. Qual professor não quer marcar a vida de uma criança? Como afirma Celso Antunes: É difícil prever como será o futuro, mas acalentamos a certeza de que será da maneira que o professor o fará. Agora o "negócio" ficou sério!
http://www.pnll.gov.br/

domingo, 20 de junho de 2010

Você consegue identificar qual linha pedagógica é utilizada em sua escola?

Uma professora de minha escola fez a pergunta acima e eu não soube responder com firmeza. Como não fico satisfeita com situações incompletas, fui buscar a resposta. Num primeiro momento pensei em estudar sozinha. Depois conversando, resolvi estudar em HTPC e propus informalmente à outra professora que aceitou mas pensou melhor e afirmou não querer relembrar as aulas da faculdade, embora reconheça a necessidade em dominar as teorias de aprendizagem. Disse que preferia estudar assuntos que refletissem diretamente em sala de aula. Tudo bem. De qualquer forma eu precisava encontrar a resposta. Então vamos ao básico. Há duas linhas de pensamento:
*teóricos comportamentais= defendem que a criança aprende sobre condicionamento, como se pudesse ser programada a assimilar o conhecimento (lembra de Skiner?), são os behavioristas;
*teóricos cognitivistas (interacionistas)= defendem a criança como agente ativo, que interage com o meio fazendo uso de experiências prévias, reorganizando informações, refletindo e transformando o próprio conhecimento, ou seja, desenvolvendo a inteligência. A maturação biológica aliada à interação social e descoberta da afetividade favorecem o desenvolvimento cognitivo infantil. Neste sentido, apresento uma síntese bem enxuta a respeito dos representantes dessa linha:
*Piaget- (construtivismo psicogenético) a partir da interação com o mundo ao seu redor, a criança começa a atuar por meio de ações internas e externas modificando ativamente a a realidade;
*Vygotsky- através de interações sociais com o meio o conhecimento é internalizado e transformado. Em sua teoria  desenvolveu o conceito de zona de desenvolvimento proximal, que é entendida como a distância entre o desenvolvimento real da criança e seu potencial. Nesse contexto, o profesor é o mediador entre conhecimento e criança.
*Wallon- propõe a ideia de que a construção da inteligência está intimamente relacionada ao desenvolvimento de nossa afetividade; ambas estão a serviço da construção de um ser humano afetivo, individual, concreto e social.
*Freinet- sua pedagogia é centrada na criança e baseia-se sobre alguns princípios: senso de responsabilidade, senso cooperativo, sociabilidade, julgamento pessoal, autonomia, expressão, criatividade, comunicação, reflexão individual e coletiva, afetividade. Muitos de seus conceitos tornaram-se tão difundidos que há educadores que os utilizam sem nunca ter ouvido falar em seu nome, como é o caso das aulas-passeio, cantinhos pedagógicos, troca de correspondências entre escolas e outros.
*Montessori- sua pedagogia consiste em harmonizar a interação entre atividades motoras e sensoriais. Desenvolveu um método sobre o qual a criança, em sala de aula, fica livre para agir sobre os objetos sujeitos à sua ação, mas que já estavam preestabelecidos, como os conjuntos de jogos e outros materiais que desenvolveu, como o material dourado, por exemplo.
Enfim, de forma muito resumida delineei algumas teorias e afirmo com convicção que a linha filosófica de aprendizagem abordada em nossa escola é a cognitivista. De posse da linha de ação de cada pensador citado, a equipe pedagógica pode estruturar estratégias a fim de atingir o planejado para a criança. Ou então, atribuir as estratégias utilizadas ao respectivo teórico.
Não identifico a fonte de pesquisa considerando serem anotações em meus cadernos de registro. Pois como afirmo, gosto de escrever há tempos e nesta anotação não tive o cuidado de identifcar a procedência.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A prática do registro

Reconheço-me como alguém que recebeu a dádiva divina da profissão ideal porque desenvolvo meu trabalho com uma satisfação sem tamanho! Ontem participei de uma reunião de coordenadores na SEDUC e posso neste momento tecer elogios à equipe de supervisão, em especial à formidável atuação de uma supervisora ao dramatizar a história Eros e Psique de Fernando Pessoa. Que espetáculo! A condução da reunião também não deixou a desejar e o assunto muito me agradou. Não sou demagoga, tampouco hipócrita portanto, quando estou insatisfeita tenho liberdade em publicar minha indignação como já registrei neste espaço. Neste momento legitimo apreço pela abordagem sobre as formas de registro que o coordenador deve articular. Analisamos alguns registros, delineamos nossos pareceres e debatemos características que devem ser consideradas ao registrar-se a prática pedagógica. Maravilha! Pessoalmente apreciei o tema, considere o objetivo deste blog: a prática do registro. Contudo não posso deixar de reconhecer o trabalho que a prática requer, entretanto observo que o efeito é a própria benesse tanto pessoal quanto profissional, pois como afirma Francis Bacon, conforme cabeçalho acima: A leitura torna o homem completo; A conservação torna-o ágil e o escrever dá-lhe precisão.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Vai BRASIL!

Se depender da animação da escola, o Brasil já ganhou! Parece até véspera de feriadão. Ontem cismei de levar uma peruca, a vuvuzela, uma camiseta do Brasil, emprestei uma canga com desenho da bandeira e estava pronto o cenário: escalei o inspetor e uma auxiliar para o retrato individual. Dá trabalho, especialmente após as professoras solicitarem um novo dia para o retrato, considerando os faltosos. Eu não queria que a semana girasse em torno das fotos, mas elas convenceram-me crendo ser injusto uma vez que não avisamos os pais sobre estas. Tudo bem, minha intensão era justamente aproveitar a copa, a infância da criança que não voltará mais e registrar este momento tão sublime. Este ano tenho me importado mais com o registro fotográfico. A memória pode ser valorizada e confirmada por meio das imagens, pois como afirma Marguerite de Crayencour, "Quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana. " e na condição que estou, posso garantir essa memória para o futuro da criança de hoje. Como afirmo com convicção, O importante é fazer a criança feliz!

sábado, 12 de junho de 2010

Letras de Luz

Realmente o nome do Projeto é pertinente. Pertinente por despertar ideias e iluminar outras que poderiam estar adormecidas. O gênero estudado foi crônica. Pessoalmente gosto deste tipo de texto, inclusive porque escrevo bastante. Já construí crônicas a respeito da vida particular e profissional, mas quando preciso fazer como tarefa, parece que o assunto não flui naturalmente. Pela terceira vez tento escrever esta postagem, mas vi que a luz não resultou em letras. Quem sabe se registrar no caderno convencional? Isso! Caderno, ninguém vai ler... Não estarei sendo avaliada e possivelmente terei mais sucesso! Sucesso? Quem disse que tenho que escrever para agradar? Apenas para exercitar o que aprendemos em equipe. Hum... mas os textos de cronistas consagrados foram avaliados. Portanto por que comigo, mera mortal seria diferente? Estarei vulnerável. Mas, e se eu escrever com a luz apagada, pode ser que as letras fluam agradavelmente e forme um enredo coeso. Coesão e coerência? Em que isto resultará diretamente em sala de aula? Não estudo apenas enquanto pessoa mas também, enquanto profissional.  Parece controverso na medida em que filosofo, o fato é que não posso abster-me. Mas que tarefa emblemática! A escuridão inibiu minha criatividade! Ficarei neste prospecto de crônica, esperando que as letras sejam benevolentes e iluminem a leitura desta pela professora Celinha, a fim de eu não ser reprovada.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Documentos pedagógicos

O feriado prolongado favoreceu minhas atualizações pedagógicas como levantamento de estratégias utilizadas no semestre, planilha de verificação da escrita, fases do desenho e raciocínio lógico matemático, porcentagem de frequência, dias letivos para o diário, registro de visita em sala de aula, pasta completa com os gráficos sobre o resultado do bimestre anterior, com as devidas conclusões para ciência pelos professores. Executei tal ação com afinco e estou ansiosa para compartilhar neste espaço, porém, como analfabeta digital que sou, não encontro lugar para postá-los. Deveria ser no tópico Documentação Pedagógica mas o blog disponibiliza espaço máximo para dez arquivos que já tem. Estou pesquisando e, assim que encontrar a solução, anunciarei. Enquanto isso, se houver interesse, deixe recadinho que enviarei via e-mail. Além das citadas documentações, organizei a gincana para festa julina, miss caipirinha e bilhetes variados, todos com o devido capricho, característica que não encontro na secretaria da escola, guardado o devido respeito. Elaborei o boletim semestral que, após pesquisas em livros e leituras pertinentes, concluí ser necessário no sentido de demonstrar à família o desenvolvimento cognitivo e social do filho. Presumo que a avaliação na educação infantil não deve ter caráter classificatório e sim, verificador da potencialidade e necessidades da criança e o boletim, sintetiza e sistematiza tal afirmação, a meu ver. Vale lembrar que o final do segundo bimestre  aproxima-se e as ações juninas demandam tempo e organização, motivo do planejamento executado por mim.

domingo, 30 de maio de 2010

Regozijo

O dia do brincar em minha escola foi simplesmente maravilhoso! Óbvio que o trabalho foi exaustivo como qualquer evento, mesmo que de pequeno porte. O feed back das crianças foi gratificante. As professoras acompanharam seus alunos até o espaço reservado ao rodízio de brincadeiras e as deixaram a vontade. A maioria demonstrou autonomia na escolha das brincadeiras, adaptaram algumas e criaram outras com os colegas. Teve uma criança que não brincou de jeito nenhum, mesmo sendo estimulada a fazê-lo. Permaneceu em seu mundinho riscando o chão com giz e quando cansou, acolheu-se ao lado da professora de quem não largou mais. Casos para estudo... Mas a tarde foi jubilante para mim: as crianças brincando no pátio com seus balangandans e petecas feitos pela ou com as professoras, felizes da vida! Demonstravam alegria e desprendimento de bens, de ressentimentos, de malícia, mágoa ou algo genérico. Aqueles rostinhos suados, livres feito pássaros voando, sorrindo, me fizeram lembrar do versículo bíblico que diz que devemos ser como crianças para entrarmos no reino dos céus (Mt 18:3). Ora, por que como crianças? Pela pureza, santidade, amor, sinceridade, enfim... Seres completamente superiores, divinos!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Falta de tempo

Ando atrasada com as post por falta de tempo e cansaço mesmo. Claro que me coço de saudade deste espaço mas preciso ponderar alguns momentos, portanto, não demorarei a postar novidades...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Pedagógico

Após alguns dias do conselho de ciclo (agora chamado para a educação infantil: Avaliação Processual), consegui sentar para analisar os relatórios, verificações da escrita, desenho e matemática. Como fico feliz em fazer isso! Parece que estou em sala, vendo o desenvolvimento da criança. Especialmente na escrita, o avanço é nítido! O professor que mantém uma rotina organizada de intervenção sobre a escrita alcança grandes resultados. Óbvio que a EI não deve massacrar a criança apenas proporcionando a reflexão sobre esta. Porém, o investimento é quase que imediato e neste sentido, enquanto professora eu me realizo. Quando uma criança está silábica, por exemplo, e é solicitada a ler sua produção, refletirá sobre a mesma demonstrando conflito e respondendo de forma tão pura que verifico o quanto é gostoso amar o que fazemos. Sempre digo: passe o dedinho e leia pra mim. E assim vou desestruturando seus conhecimentos e favorecendo a reflexão, adequando seu domínio. Há de ser lembrado que a escrita coletiva, em dupla com alunos de níveis próximos na escrita e leitura diária tanto pelo professor como a pseudo leitura constribuem efusivamente para a conquista do conhecimento linguístico. Neste sentido, agradeço à oportunidade de trabalhar sete anos consecutivos com 1º ano, momentos especiais vividos que me alegram. Atualmente estou curtindo esta fase novamente com minha filha. Ao escrever uma palavra e ler sua produção, ela vai e volta com o dedinho, entra em conflito, às vezes reclama. Eu a deixo a vontade, não pressiono, sei que este ato faz parte. Portanto, esta função da coordenação me satisfaz! Na verdade, nunca tive um coordenador que analisasse minha pasta de verificação, mas acredito ser necessário. A troca de idéias e conhecimentos amplia a confiança mútua entre professor e coordenador e afina conceitos.

domingo, 16 de maio de 2010

Acalmando os ânimos

Após um desabafo rude mas verdadeiro, avalio o planejado para a semana que passou e afirmo que atingi a meta parcialmente tendo em vista que atualizei alguns registros. Pretendo concluí-los nesta semana e planejar a festa julina, além de concluir as visitas nas salas. Amanhã trabalho o dia todo, concluindo com a reunião de HTPC, cujo tema estudei para minha monografia de conclusão da faculdade: A influência da TV na educação. Proporei um paralelo entre os malefícios e benefícios deste recurso e o comprometimento refletido na diminuição de tempo para brincar. A verdade é que estou enfatizando a importância da brincadeira como sendo primordial para o completo desenvolvimento infantil. Preciso exercitar a tolerância, aplicando o fruto do espírito, como afirma a Bíblia: MANSIDÃO. Boa semana... 

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Insatisfação profissional II - Alguém tem a solução?

Na rotina de trabalho diário, há sempre algo que não gostamos muito de fazer mas que faz parte do ofício. A entrada e saída de alunos da escola é o momento de integração entre família e escola e deve ser prazeroso. Identificar as crianças pelo nome demonstra que, mesmo fora destes horários, as acompanhamos em suas atividades. É importante que os pais sintam-se seguros e vejam que as crianças adentram os portões cheios de expectativas sobre o dia, sendo recebidos com carinho e atenção. Mas, há algo que me incomoda profundamente: os atrasos. E olha que são muitos! Todos os dias aproximadamente de oito a dez crianças chegam atrasadas. Seus responsáveis apresentam todo tipo de desculpa, claro, as mais esfarrapadas: furou o pneu da bibicleta, perdi a hora, acabou a gasolina, não dormi direito por causa do bebê, moro longe... Há os adiantados que deixam os filhos de EMEI na creche, sendo que neste momento não há funcionários exclusivos pra olhá-los, mesmo porque seu horário é sete e meia. Há até casos permitidos pela direção que compreende a situação do pai. Discordo em gênero, número e grau! Ele que providencie uma pessoa responsável para trazer a criança, afinal, o filho não é da escola! E ao final da aula? Mais alunos cujos pais não respeitam ou valorizam a escola, que dirá seus próprios filhos! Quanto mais tempo ficarem longe deles, melhor! E ainda, ao serem solicitados a assinarem o registro do atraso, querem ter razão!? Que inversão de valores! Eles não tem vergonha em seus rostos! Acham que trabalhamos para servi-los e não à educação formal de seus filhos! Já cansei de conversar com os pais, tentei fazer um questionário para que respondessem pelo atraso, assim, seria uma ação diária, dando-lhes trabalho pela irresponsabilidade. Minha idéia não teve quórum. A pergunta que não quer calar: A equipe gestora está integrada para sanar este problema? NÃO! Não falamos a mesma língua neste sentido. A situação irrita a todos mas quem não tolera atrasos sou eu. Portanto, a ruim sou eu! Quer saber, tô largando mão! Hoje uma mãe teve o topete de trazer seu filho às oito horas dizendo que a bateria do carro não funcionara. E eu com isso? Esse negócio de termos que entender a situação pessoal já banalisou. Todos têm problemas e devem arcar com eles. Quer trazer o filho às sete e meia, não faz mais que a obrigação! Quer trazer o filho às oito, nove ou duas da tarde? Poooode entrar! Só que eu não vou admitir professor reclamando pra mim! Estes também não uniram forças para que a situação não se estendesse, portanto, arquem com as consequências! Que legislação ampara a escola neste sentido? Quem souber, me indique, por favor! Supervisão? E o medo da "rádia" ? Conselho tutelar? Só em caso de extrema necessidade - atraso não tem problema: o importante é ir à escola de qualquer jeito!
DEPOIS QUEREM UMA SOCIEDADE JUSTA E CRÍTICA! SÓ SE FOR DE DIREITOS PORQUE DE DEVERES, AH OS DEVERES...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Postura profissional

A postura do professor a meu ver está muito "coloquial" atualmente. Muitos se deixam nivelar com as demais pessoas, não no sentido de superioridade mas sim, de desvalorização da própria profissão, especialmente por esta tratar da "formação" de futuros cidadãos. Os professores utilizam o mesmo palavreado da população comum, mesmo em situações formais, vestem-se de forma inadequada no trabalho (blusa destacando a barriga, decotes, transparências, calças justas etc.), muitas vezes resistem em participar de capacitação crendo que já aprenderam tudo, por vezes até, desconhecendo o próprio conteúdo a ser ensinado, comentam assuntos particulares inadequados próximos aos alunos, inclusive fazendo fofocas. Enfim... desvaloriza à si próprio, seu trabalho e demais colegas de profissão. O fato é que, enquanto aluna, tive uma professora chamada Márcia que me inspirava elegância, sabedoria, inteligência e delicadeza. Acabei por idolatrá-la. Antigamente (que nostalgia!) usávamos muito o conhecido sabonete Lux luxo que trazia estampado em sua embalagem uma moça lindíssima a qual relacionei à elegância de minha mestra. Obviamente o que me interessava não era o sabonete  mas, tão somente a embalagem. Com todo cuidado, retirei o sabonete desta sem amassá-la e prontamente levei à escola, entregando à minha querida professora. Mas qual! Esta, com sua visão adulta, segurou o produto com certa indelicadeza, amassando a embalagem descobrindo que não havia sabonete em seu interior. Minha expectativa e idolatria caíram por terra quando ela perguntou-me sobre o sabonete dirigindo-se ao aluno ao lado com ar de: Ué? Ela não entendeu absolutamente a essência de minha ação! Como? Eu tinha preparado o presente com o maior carinho e ainda fui ridicularizada? Como os adultos são despidos da sabedoria infantil! A partir daí, minha professora já não foi mais tão admirada como dante havia sido...

domingo, 9 de maio de 2010

Planejando a semana

Quando falamos de rotina, lembramos um certo ranso concernente à mesmice e  falta de novidades. Realmente, tanto a vida pessoal quanto a profissional permeada por mesmice, especialmente com filhos ou alunos, desencadeia uma série de insatisfações, improdutividade e tédio. A ousadia ou iniciativa é a alavanca para quebrarmos a estrutura linear da rotina construída para potencializar novas vivências de modo que respiremos novidades. Em contrapartida, uma vida profissional ou pessoal pautada em interpéries e acontecimentos inusitados preconiza não só a falta de planejamento como também de condução do trabalho/vida pessoal, assegurando um produto final de qualidade duvidosa. Portanto, ao ponderar entre mesmice e interpérie, prefiro encontrar o equilíbrio entre os duas: a rotina é importante porque denota segurança e a novidade, porque dá um up em nossa vida. Sobre a importância da rotina especialmente na educação infantil, tratarei em dada oportunidade.
Iniciei o assunto rotina porque nestes últimos dias senti falta de mesmice. As ações de final de bimestre, preparo para recebimento das mães a fim de homenageá-las e evento de comemoração de construção de área lúdica impediram que a rotina da escola seguisse seu curso. Espero poder durante esta semana, colocar meus registros em ordem e visitar três salas de aula. Se atingir essa meta, estarei satisfeita.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Dever cumprido

Hoje recemos em nossa escola algumas autoridades além da secretária da educação, a secretária adjunto e algumas supervisoras, além de uma amiga especial para prestigiar os novos espaços de brincar para as crianças, a casinha - Lar Doce Lar e a Oficina do Bolinha. Foi gostoso mostrar para pessoas com quem convivi o trabalho desenvolvido em nossa escola, especialmente por ser uma realidade distante da que eu estava acostumada. A CV ficou impressionada com a delicadeza, os espaços do CEI e com suas afilhadas. Esta pôde confirmar meus comentários a respeito da creche e o tratamento destinado aos pequenos. A educadora que desenvolve um projeto (que funciona de verdade) de música cantou com as crianças, foi um sucesso! As crianças são tudo de bom em nossas vidas! É por elas que me esforço e cobro da equipe o melhor pois sei que momentos importantes ficarão marcados na memória dos pequenos. Pessoalmente lembro de situações passadas na escola que registrarei nos próximos dias...

domingo, 2 de maio de 2010

Perfil profissional

Que diário mais atrasado, não? Final de bimestre é assim mesmo. Planilhas de verificação da escrita, do desenho e do raciocínio lógico, devolutiva de semanários, visitas em sala de aula e outras atividades que requerem concentração e demasiado tempo (o que tem faltado). Mas a finalidade de minha postagem hoje é a reflexão sobre a intervenção/orientação a partir de observações feitas em sala de aula pelo coordenador. Por meio de visitas formais ou informais mapeei trabalho do professor e tracei seu perfil. Para a Educação Infantil, considero imprescindível  o dinamismo na abordagem de conteúdos. Então, vamos à metáfora:
Topa tudo por dinheiro: trabalha de manhã até à noite e não esquenta a cabeça. Faz apenas o necessário e nada mais.
Aquecedor de cadeira: mesmo com o maternal, consegue ficar sentado o tempo todo.
Chupim: nunca tem idéias próprias, vive copiando as coisas do colega, inclusive os registros.
Bombril: é animado, amoroso e criativo, tem mil e uma utilidades.
Maluf: rouba mas faz. Obviamente adaptado: aquele que reclama mas faz. Nem sempre é maldoso, porém, dificulta o trabalho. Por vezes até colabora para o crescimento da equipe uma vez que a faz buscar respostas.
Ressentido: foi tirado de função designada e dando ou não conta de uma sala, não perde a oportunidade de criticar os novos colegas;
Sensato: tem consciência de sua obrigação, trabalha em paz, colabora e expressa opiniões e críticas construtivas.
Enfim, conforme o perfil do professor, necessito ter habilidade em abordar/intervir em seu trabalho, sem criticá-lo, apontando ações que poderão colaborar para o desenvolvimento estratégico pedagógico, atingindo a totalidade de alunos. Este equilíbrio é fundamental para que o coordenador não seja conivente com atitudes indolentes mas também, evite apenas criticar sem sugerir mudanças. Neste sentido, a auto avaliação do coordenador é imprescindível.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Burrocracia

Por que será que nós humanos, gostamos de complicar as coisas? O tempo que gastamos com trâmites burocráticos nos faz viver menos, penso neste momento. Compreendo que o planejamento de ações faz-se necessário mas por quê colocá-lo no papel? Seria mais simples planejarmos, articularmos com os pares, delegar a quem de necessidade e pronto. Veja que maravilha! Quanta ilusão... O tempo da organização do plano de ensino já passou, tivemos um dia a mais para fazê-lo e cá estou eu, formatando, acrescentando, excluíndo, trocando conteúdos e estratégias de lugar, pesquisando outros planos na net a fim de verificar novidades. Na verdade, mais uma vez me decepcionei. Numa destas pesquisas, baixei a diretriz curricular da prefeitura de Santos. Não é que, "por coicidência" estava idêntica à nossa? O que será isso? Cabeças pensantes padronizadas nas duas prefeituras? Ou mero plágio de gestão anterior (e que permaneceu)? De qual das duas prefeituras? Fato é que, após dois dias de reunião na SEDUC, sendo a primeira de grande reflexão sobre conteúdos mínimos a serem abordados na rede educacional, pessoalmente, entendi que estes seriam pelo menos adequados. Não foi o que aconteceu. Acredito que eu entendi errado (mesmo havendo mais expressões como a minha na reunião, de que este documento não era prático para trabalho em sala de aula). Como afirmei em dado momento, esta primeira foi prazerosa tendo em vista que os coordenadores estavam a vontade, a supervisão agiu democraticamente demosntrando uma postura bastante agradável diante de todos. No segundo dia da reunião, o foco era estabelecer conteúdos mínimos a serem elencados. Ocorre que após listarmos alguns conteúdos, começamos a "estranhar" que parquinho, pintura com guache, escovação, brincadeira Cobra cega, fossem conteúdos. Obviamente eu e algumas colegas nos manifestamos o que não agradou muito. Mesmo assim, foi tirado um ou outro item destes, da lista de conteúdos. (ao nosso ver, estratégias). Não posso me ausentar de expressar o que acredito ser, mesmo porque represento professores e diga-se de passagem, ativos e não passivos. Portanto, colocaria "meu pescoço a prova". Não é que quando recebemos o plano-padrão na escola (o nosso já estava pronto, faltando ajustes), este estava quase que da mesma forma, antes da crítica construtiva (pois ninguém estava afrontando ninguém). Ou seja, não estava com as devidas correções feitas no momento da elaboração, nesta reunião? Na escola, minha diretora me situou sobre meu nervosismo em relação à polêmica do plano. Me senti  desrespeitada recebendo o documento da mesma forma, após dois dias de reunião. Não seria mais produtivo ter permanecido na escola? De qualquer forma, estamos organizando o plano, adequando o que é pertinente e rejeitando o que consideramos desnecessário. Só não quero ser censurada em minhas críticas, mesmo porque não estou desrespeitando nenhum profissional. E se eu estiver equivocada, tenho humildade suficiente para reconhecer meu erro, expressar desculpas publicamente e ponto.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Trabalhei tanto e parece que não fiz nada

Este dia foi, de certo modo atípico para mim dada a situação de abrigo na quadra da escola, de moradores atingidos pela enchente. Estes estavam sendo assistidos pela Assistência Social, com apoio da escola (Preparo da alimentação, inclusive no sábado e domingo, mediação nas relações sociais e articulação entre os setores.). Recebemos, eu e minha colega coordenadora, a dentista para conhecimento da escola e alunos a fim de desenvolver um trabalho de reeducação sobre a higiene bucal. Achei válido, considerando a necessidade de profissional especialista. Articulei a substituição de uma professora que faltou sendo que a que assumiu a turma, tinha vindo justamente para otimizar as áreas de estimulação como Artista Mirim, Casinha e Oficina. Ou seja, novamente foi adiado o trabalho. Até agilizamos, com a parceria de funcionários, mas não como havíamos planejado. A professora que havia se candidatado à substituição no início do ano, desistiu de fazê-lo, portanto, se não conseguirmos outra professora para substituir até quinta feira, esta que daria continuidade ao trabalho com áreas, ficará impedida de agir. Por isso que as coisas não saem do lugar! A semana anterior não houve aula devido ao alagamento do bairro, o que nos impediu de chegar à escola. Ficamos de mãos atadas! A próxima semana não haverá aula devido aos feriados, Conselho de Sala e Reunião de Pais e Mestre. E assim, passa o ano...
Após delegar funções, atendi uma mãe que solicitou ajuda com vestimentas para seu filho, para que este pudesse voltar a frequentar a escola, devido ter perdido seus pertences com o alagamento de sua casa. Garimpei algumas poucas roupas pois a maioria já havia sido destinada aos abrigados na quadra. O fato é que, por falta de roupa ele não faltará na escola. Na sequência, imprimi documentos na secretaria e, com toda esta movimentação, esquecemos de cantar o Hino Nacional e a solução foi executar a ação às 11 horas, seguido pela saída dos alunos. No período da tarde, com a diretora de volta da reunião na SEDUC, sentamos para planejarmos as ações a serem cumpridas e foi-se o dia. Na verdade, me cobro muito porque acompanho diretamente o período da manhã e o da tarde pode ficar defasado. Considere as reuniões para coordenadores neste período, agora, o curso Letras de Luz, e as interpéries inevitáveis. Mesmo tendo duas coordenadoras na unidade, o trabalho não acaba, pois eu atendo as necessidades da EMEI e minha colega, as do CEI. Não é fácil, não! Agora, em que momento poderei analisar os planos de ensino executado pelas professoras com os que estruturamos em reunião na SEDUC, além dos conteúdos que tenho, em particular. Preciso registrar duas atas de HTPC, organizar os dias letivos para caderneta, planilhas para tabulação das fases do desenho e escrita para Conselho de Sala (E o pior, sem computador na EMEI e sem impressora que funcione em casa, assim não dá!). Ainda há os projetos a serem finalizados - SPD (Só por Deus!). E as visitas em sala de aula? Devolutiva dos semanários às professoras? Ufa!

domingo, 11 de abril de 2010

Os Grandes

E falam de negócio.
De escrituras demandas hipotecas
de apólices federais
de vacas paridas
de éguas barganhadas
de café tipo 4 e tipo 7.

Incessantemente falam de negócio.
Contos contos contos de réis saem das bocas,
circulam pela sala em revoada,
forram as paredes, turvam o céu claro,
perturbando meu brinquedo de pedrinhas
que vale muito mais.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Qual a ideal intervenção do coordenador?

Não quero usar mais uma vez o clichê de que o coordenador "apaga incêndios", embora não seja incomum. Acredito que o acompanhamento em sala de aula, a intervenção em determinadas ações, a abordagem de conceitos como a importância do brincar, por exemplo, até é aceita pelo professor, mas nem sempre este apresenta disposição para fazê-lo e, por vezes dispensa maior valor para a alfabetização como pré requisito para a matrícula no primeiro ano, como se a infância, o prazer da ludicidade, não tivesse o mesmo peso. A busca costante de conhecimento emerge da necessidade de persuasão pelo coordenador a fim de conscientizar sobre a necessidade das ações que colaboram com a felicidade e desenvolvimento da criança. FELICIDADE - eis um substantivo imprescindível para o ser humano. Enquanto educador, posso favorecer momentos de prazer infantil, sobretudo se considerar particularidades que nem sempre compreendem esta benesse.
Contudo, deve se ter em mente que a coordenação pedagógica deve sobrepujar mediocridades e melindres, estabelecendo relação de cumplicidade com a equipe docente com vistas a manter a harmonia das relações humanas paralelamente ao fortalecimento da prática pedagógica legitimada pela reciprocidade. Ou seja, necessito enquanto coordenadora, facilitar em todos os aspectos a prática docente, discente, funcional e física. Em contrapartida, receber feedbacks positivos dosando tais relações.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Transição

A aparência é tudo. Assim diz a linguagem popular. O fato é que estou aprendendo coisas novas a cada dia. Quando encontramos pessoas dispostas a ensinar, devemos aproveitar a oportunidade para apreender todo o conhecimento sem tornar-se uma pessoa desagradável. Por estou dizendo isto? Sendo analfabeta digitalmente como já afirmei, necessito de ajuda para organizar a aparência deste blog, personalizando-o. A semana passada solicitei ajuda a uma amiga que mediou uma outra para me auxiliar na transição deste modelo para outro. Combinamos de fazê-lo esta semana porém, minha saúde não colaborou. Mesmo assim, hoje, mais reestabelecida, dei uma mexida nos códigos e imagens. Claro que não consegui, mas já tenho idéia de como posso colaborar para que "a colega da amiga" não tenha tanto trabalho comigo. E assim vamos melhorando nossas idealizações.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Satisfação profissional II

Neste dia confirmei minha satisfação ao desempenhar minha função. Houve uma reunião na SEDUC tão tranquila e produtiva que motivou-me ainda mais a subsidiar o trabalho em sala de aula. O planejamento que em nossa escola está em fase de finalização foi o assunto principal, após estudo da Diretriz Municipal da cidade de SP. Analisei que não estamos defasados pedagogicamente e posso arriscar até que estamos avançados, modéstia a parte. Sabemos que a visita na escola pela supervisão como forma de fiscalização em nada contribui, especialmente se for agendada. Já trabalhei em escolas que o inspetor avisava na sala que havia supervisor no "pedaço", como se devêssemos arrumar as coisas a fim de não despertar a atenção deste. Ora, a transparência reside em que instância? Devemos andar rigidamente atendendo as necessidades legais com ou sem supervisor! Contudo, se não há visita deste profissional, seja para melhorar a qualidade do espaço, do pedagógico, do administrativo, com vistas a acompanhar diretamente o trabalho da equipe técnica que representa na unidade escolar a política educacional, pode faltar motivação. Ano passado isto não aconteceu. Este ano, convido a todos a visitarem "minha" escola pois encontra-se linda! Não somente no quesito espaço físico como também no pedagógico. Obviamente estamos trabalhando para finalizar algumas ações, porém, temos metas planejadas em equipe a serem atingidas. Quando planejamos, elencamos, documentamos e  elaboramos registros, gostamos de compartilhar com profissionais hierarquicamente superiores, não como exibicionismo ou insegurança, mas como demonstração do trabalho a ser desempenhado. Neste momento, podemos receber críticas construtivas, opiniões ou elogios, sempre com a função de engrandecer a qualidade educacional. É isto que eu, particularmente necessito. Portanto, este dia foi prazeroso pois, mesmo sem acompanhamento como já afirmei, estou no caminho certo. Então, posso ratificar meu contentamento profissional, graças à Deus e a colegas que representam nossa categoria com postura ética, valorizando assim, nossa profissão!