Ó bendito o que semeia livros, livros à mão


cheia... e faz o povo pensar!
O livro caindo n'alma é germe que faz a palma, é


chuva que faz o mar!


Castro Alves


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dia do Professor

Sei que o dia do professor já passou, mas quero registrar a singela comemoração feita em homenagem à estes profissionais essenciais para o país. Tradicionalmente a referida comemoração em nossa escola trata-se de um jantar com música ao vivo. Considerando que todos os funcionários estão envolvidos com educação e, na falta do professor, quem assume de imediato a responsabilidade sobre as crianças é algum deles, homenageamos a todos (já fui mais criteriosa em relação à isso mas ponderei a situação). Então, após o jantar, o povo cai na dança e diverte-se a vontade. O fato é que a popularização deste tipo de homenagem, a meu ver, é muito superficial e não atende às espectativas de todos, dadas as devidas particularidades culturais. Não assumo aqui qualquer preconceito quanto à formação, entretanto, é notável que quanto mais nos capacitamos, mais seletistas ficamos. Neste caso, antes mesmo da festa ficar animada, alguns se retiravam à francesa. Como sempre há festa para os funcionários (Páscoa, Julina, Professor) a fim de motivar a equipe, mudamos o foco nesta. Resolvemos oportunizar uma "festa cultural", uma sessão cinema. Não é que deu certo? Obviamente, também não atendeu à todos, mesmo porque, sofremos resistência por integrante da equipe gestora que não se empenhou tanto quanto das outras vezes. Mesmo assim, foi um sucesso! Assistimos o filme O clube do Imperador, em que o professor de um tradicional colégio interno tenta moldar a personalidade dos alunos até receber um que não se encaixa neste molde. Percebendo que apesar de alguns poucos avanços, não consegue mudar o caráter do aluno, o professor entra em conflito interno. Muitas vezes, nós, professores buscamos compreender o motivo de determinado aluno não atender às expectativas educacionais, fazendo uma análise sobre o próprio trabalho/atuação, o que causa frustração. A maneira mais cômoda é acusar a família pela problema. Considero que a família desenvolve um papel fundamental no aperfeiçoamento do caráter, assim como a escola, os amigos e o trabalho. O filme mostra bem isso: só a escola, não tem força para mudar sozinha o caráter do ser humano. Concluo que por melhor que seja a escola ou o professor, o caráter e a personalidade são moldados pelo “berço” dado pelas famílias e no decorrer da vida. Os meios podem interferir, ficando a critério próprio a escolha sobre o caminho a seguir, porém, ficam na lembrança os exemplos, bons ou ruins, que recebemos de nossos pais.
Ou seja, a homemagem foi uma reflexão sobre a atuação profissional e a apropriação sobre o valor desta profissão. Os educadores apontaram total satisfação em participar, ficando até o final, saboreando guloseimas e recebendo um mimo como lembrança. A ansiedade e insegurança sobre aceitação por este tipo de comemoração foram superadas, graças a Deus! O que não vale é ficar preso à mesmices, com medo de ousar, deixando de oferecer outras vivências à equipe. Conforme as situações, lançaremos mão de homenagens que divirtam, motivem e favoreçam a reflexão.

UM GRANDE PROFESSOR TEM POUCO A REGISTRAR. SUA VIDA SE PROLONGA EM OUTRAS. ESSES HOMENS SÃO OS PILARES DE NOSSAS ESCOLAS, MAIS ESSENCIAIS QUE SEUS TIJOLOS E VIGAS E CONTINUARÃO A SER A CENTELHA E A REVELAÇÃO EM NOSSAS VIDAS.
O clube do Imperador