Ó bendito o que semeia livros, livros à mão


cheia... e faz o povo pensar!
O livro caindo n'alma é germe que faz a palma, é


chuva que faz o mar!


Castro Alves


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Vítima da ignorância

Após o almoço de domingo, ao me dirigir até o carro, encontrei uma ex-professora de Português que protagonizou uma cena marcante em minha vida de aluna. Ela ainda tentava manter a postura tradicional e de superioridade que a profissão exigia (atualmente a postura é quase de inferioridade dada a postura de alguns colegas e determinados sistemas educacionais). Bimestralmente éramos submetidos à "prova do livro". No dia marcado para a avaliação, provavelmente ela não estava bem emocionalmente, talvez com problemas - quem sabe - pois tão logo ela tenha entregado a prova, uma a um, os alunos devolveram-na, apenas com a devida identificação. Restaram apenas dois alunos na sala, eu e outro colega. Absorta com a situação, iniciou um discurso revoltado  e repleto de desprezo por alunos daquele nipe. Por minha vez, tentava raciocinar e relembrar os fatos constantes do livro que eu havia lido sendo impedida por tamanha austeridade. Deste modo, me posicionei lembrando à professora que, embora os colegas não tivessem cumprido sua obrigação, meu caso era justamente o oposto. Sentindo-se desrespeitada, armou uma cena digna de Glória Perez, chamou seu marido que era professor de Matemática afirmando que havia sido insultada por mim e estava sentindo-se mal. Para finalizar, minha mãe foi chamada na escola sendo que o marido/professor foi grosseiro com ela, como se esta não tivesse me ensinado regras de convivência e respeito. E a diretora da escola? Sabe-se lá onde andava. A mestra precisava de tanta pompa como professora? Sua ação apenas configurou o que muitos definem como abuso de autoridade e excesso e poder, além de total falta de auto-análise.