Ó bendito o que semeia livros, livros à mão


cheia... e faz o povo pensar!
O livro caindo n'alma é germe que faz a palma, é


chuva que faz o mar!


Castro Alves


segunda-feira, 19 de abril de 2010

Burrocracia

Por que será que nós humanos, gostamos de complicar as coisas? O tempo que gastamos com trâmites burocráticos nos faz viver menos, penso neste momento. Compreendo que o planejamento de ações faz-se necessário mas por quê colocá-lo no papel? Seria mais simples planejarmos, articularmos com os pares, delegar a quem de necessidade e pronto. Veja que maravilha! Quanta ilusão... O tempo da organização do plano de ensino já passou, tivemos um dia a mais para fazê-lo e cá estou eu, formatando, acrescentando, excluíndo, trocando conteúdos e estratégias de lugar, pesquisando outros planos na net a fim de verificar novidades. Na verdade, mais uma vez me decepcionei. Numa destas pesquisas, baixei a diretriz curricular da prefeitura de Santos. Não é que, "por coicidência" estava idêntica à nossa? O que será isso? Cabeças pensantes padronizadas nas duas prefeituras? Ou mero plágio de gestão anterior (e que permaneceu)? De qual das duas prefeituras? Fato é que, após dois dias de reunião na SEDUC, sendo a primeira de grande reflexão sobre conteúdos mínimos a serem abordados na rede educacional, pessoalmente, entendi que estes seriam pelo menos adequados. Não foi o que aconteceu. Acredito que eu entendi errado (mesmo havendo mais expressões como a minha na reunião, de que este documento não era prático para trabalho em sala de aula). Como afirmei em dado momento, esta primeira foi prazerosa tendo em vista que os coordenadores estavam a vontade, a supervisão agiu democraticamente demosntrando uma postura bastante agradável diante de todos. No segundo dia da reunião, o foco era estabelecer conteúdos mínimos a serem elencados. Ocorre que após listarmos alguns conteúdos, começamos a "estranhar" que parquinho, pintura com guache, escovação, brincadeira Cobra cega, fossem conteúdos. Obviamente eu e algumas colegas nos manifestamos o que não agradou muito. Mesmo assim, foi tirado um ou outro item destes, da lista de conteúdos. (ao nosso ver, estratégias). Não posso me ausentar de expressar o que acredito ser, mesmo porque represento professores e diga-se de passagem, ativos e não passivos. Portanto, colocaria "meu pescoço a prova". Não é que quando recebemos o plano-padrão na escola (o nosso já estava pronto, faltando ajustes), este estava quase que da mesma forma, antes da crítica construtiva (pois ninguém estava afrontando ninguém). Ou seja, não estava com as devidas correções feitas no momento da elaboração, nesta reunião? Na escola, minha diretora me situou sobre meu nervosismo em relação à polêmica do plano. Me senti  desrespeitada recebendo o documento da mesma forma, após dois dias de reunião. Não seria mais produtivo ter permanecido na escola? De qualquer forma, estamos organizando o plano, adequando o que é pertinente e rejeitando o que consideramos desnecessário. Só não quero ser censurada em minhas críticas, mesmo porque não estou desrespeitando nenhum profissional. E se eu estiver equivocada, tenho humildade suficiente para reconhecer meu erro, expressar desculpas publicamente e ponto.