Ó bendito o que semeia livros, livros à mão


cheia... e faz o povo pensar!
O livro caindo n'alma é germe que faz a palma, é


chuva que faz o mar!


Castro Alves


segunda-feira, 12 de abril de 2010

Trabalhei tanto e parece que não fiz nada

Este dia foi, de certo modo atípico para mim dada a situação de abrigo na quadra da escola, de moradores atingidos pela enchente. Estes estavam sendo assistidos pela Assistência Social, com apoio da escola (Preparo da alimentação, inclusive no sábado e domingo, mediação nas relações sociais e articulação entre os setores.). Recebemos, eu e minha colega coordenadora, a dentista para conhecimento da escola e alunos a fim de desenvolver um trabalho de reeducação sobre a higiene bucal. Achei válido, considerando a necessidade de profissional especialista. Articulei a substituição de uma professora que faltou sendo que a que assumiu a turma, tinha vindo justamente para otimizar as áreas de estimulação como Artista Mirim, Casinha e Oficina. Ou seja, novamente foi adiado o trabalho. Até agilizamos, com a parceria de funcionários, mas não como havíamos planejado. A professora que havia se candidatado à substituição no início do ano, desistiu de fazê-lo, portanto, se não conseguirmos outra professora para substituir até quinta feira, esta que daria continuidade ao trabalho com áreas, ficará impedida de agir. Por isso que as coisas não saem do lugar! A semana anterior não houve aula devido ao alagamento do bairro, o que nos impediu de chegar à escola. Ficamos de mãos atadas! A próxima semana não haverá aula devido aos feriados, Conselho de Sala e Reunião de Pais e Mestre. E assim, passa o ano...
Após delegar funções, atendi uma mãe que solicitou ajuda com vestimentas para seu filho, para que este pudesse voltar a frequentar a escola, devido ter perdido seus pertences com o alagamento de sua casa. Garimpei algumas poucas roupas pois a maioria já havia sido destinada aos abrigados na quadra. O fato é que, por falta de roupa ele não faltará na escola. Na sequência, imprimi documentos na secretaria e, com toda esta movimentação, esquecemos de cantar o Hino Nacional e a solução foi executar a ação às 11 horas, seguido pela saída dos alunos. No período da tarde, com a diretora de volta da reunião na SEDUC, sentamos para planejarmos as ações a serem cumpridas e foi-se o dia. Na verdade, me cobro muito porque acompanho diretamente o período da manhã e o da tarde pode ficar defasado. Considere as reuniões para coordenadores neste período, agora, o curso Letras de Luz, e as interpéries inevitáveis. Mesmo tendo duas coordenadoras na unidade, o trabalho não acaba, pois eu atendo as necessidades da EMEI e minha colega, as do CEI. Não é fácil, não! Agora, em que momento poderei analisar os planos de ensino executado pelas professoras com os que estruturamos em reunião na SEDUC, além dos conteúdos que tenho, em particular. Preciso registrar duas atas de HTPC, organizar os dias letivos para caderneta, planilhas para tabulação das fases do desenho e escrita para Conselho de Sala (E o pior, sem computador na EMEI e sem impressora que funcione em casa, assim não dá!). Ainda há os projetos a serem finalizados - SPD (Só por Deus!). E as visitas em sala de aula? Devolutiva dos semanários às professoras? Ufa!

domingo, 11 de abril de 2010

Os Grandes

E falam de negócio.
De escrituras demandas hipotecas
de apólices federais
de vacas paridas
de éguas barganhadas
de café tipo 4 e tipo 7.

Incessantemente falam de negócio.
Contos contos contos de réis saem das bocas,
circulam pela sala em revoada,
forram as paredes, turvam o céu claro,
perturbando meu brinquedo de pedrinhas
que vale muito mais.