Ó bendito o que semeia livros, livros à mão


cheia... e faz o povo pensar!
O livro caindo n'alma é germe que faz a palma, é


chuva que faz o mar!


Castro Alves


domingo, 30 de janeiro de 2011

Postura do coordenador

Incrível como o tempo passa e o que planejamos nem sempre é possível concretizar-se. Os projetos que desenvolvemos em nossa escola durante o ano de 2010 (Pequeno Mestre Cuca e Viajar sem sair do lugar - culinária e leitura) merecem uma avaliação e replanejamento para este ano, não como projetos e sim, como atividade permanente de rotina. O que gostaria de fazer este ano era organizar um portfólio com a sequência do trabalho disponibilizando material de consulta, oficializando assim, a história da escola. Durante o ano anterior contratamos uma empresa que filmou as ações pedagógicas e a rotina, apontando o dinamismo do trabalho. A II Mostra Cultural que aconteceu em novembro também apontou o efetivo trabalho de equipe e a dedicação das professoras com a exposição dos trabalhos executados durante as aulas. Esta semana uma colega coordenadora estava ansiosa com o trabalho da equipe de apoio pedagógico para a Educação Infantil da qual eu faço parte hoje, com muitos questionamentos que, em um primeiro momento, somente pude pedir a ela, CALMA! Um dos anseios foi: Como conquistar os professores a participarem efetivamente do trabalho com suas devidas necessidades como uma exposição ou apresentação, por exemplo, sem que os mesmos sintam-se participantes apenas por obrigação e não por envolvimento e comprometimento com o trabalho, destacando o aluno como protagonista do trabalho docente? Respondi calmamente que o professor necessita ter em mente suas atribuições, a linha de trabalho desenvolvida na escola e que, a educação de qualidade dá trabalho. Esclareci também que o gestor precisa colocar-se de maneira equilibrada entre a autonomia e sua autoridade. Não é a todo momento que devemos dar voz de escolha ao professor. Há situações maleáveis, ajustáveis, mas que devem acontecer. No caso das ações dos projetos que desenvolvemos percebi que, mesmo tendo sido planejado e aceito por todos apenas alguns estavam desenvolvendo-o na prática. Então, tratei o assunto em HTPC, elaborei um cronograma de ações com horários para utilização do varal de livros, biblioteca, execução da receita, utilização das áreas externas e cobrei que realmente o trabalho acontecesse com o professor gostando ou não. Obviamente o professor que já trabalhava continuou e o que nem havia começado, iniciou o trabalho, mesmo porque, o que está em jogo é o  aprendizado da criança e enquanto coordenadora, preciso subsidiar práticas que favoreçam a apropriação e produção do conhecimento pelas mesmas, sob pena de comprometer este aprendizado, além de ser conivente com práticas inadequadas. Necessito sim ter estabelecido um elo de confiança com a equipe docente, mas não posso deixar o corporativismo sobrepujar o profissionalismo e a ética. Portanto, quando o coordenador planeja a ação de trabalho que almeja desenvolver deve propor à equipe, solicitar sugestões, preparar-se para receber críticas e "botar a mão no trabalho" sem medo de ser feliz! Mas que nossa Mostra Cultural foi uma exposição feita pelos alunos com o acompanhamento do professor foi. De outra forma, jamais me subteria a registrar este evento neste espaço. Já estava em dívida com a equipe.

2 comentários:

  1. é necessário o professor acreditar no que esta fazendo, se encantar com o ato de ensinar e muito mais de aprender e modificar sua prática. Infelizmente alguns deixam a paixão esfriar e monotonia domina, sem perceber passam de educadores para simples professor (talvez por esse motivo muitos acham que é facil ser professor, trabalhar por 4 ou 5 horas apenas)...ONDE ESTÁ O ENVOLVIMENTO???? se o coordenador esta envolvido, fica mais facil de conquistar o espaço!

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  2. parabens DEUS continue te dando sabedoria cada vez mais bjossssssssss

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